quarta-feira, 28 de março de 2007

Mercantilismo

Conseqüência da ampliação de horizontes econômicos propiciada pelos descobrimentos marítimos do século XVI, o mercantilismo, apesar de apresentar variantes de país para país, esteve sempre associado ao projeto de um estado monárquico poderoso, capaz de se impor entre as nações européias.
Mercantilismo é a teoria e prática econômica que defendiam, do século XVI a meados do XVII, o fortalecimento do estado por meio da posse de metais preciosos, do controle governamental da economia e da expansão comercial. Os principais promotores do mercantilismo, como Thomas Mun na Grã-Bretanha, Jean-Baptiste Colbert na França e Antonio Serra na Itália, nunca empregaram esse termo. Sua divulgação coube ao maior crítico do sistema, o escocês Adam Smith, em The Wealth of Nations (1776; A riqueza das nações).
Para a consecução dos objetivos mercantilistas, todos os outros interesses deviam ser relegados a segundo plano: a economia local tinha que se transformar em nacional e o lucro individual desaparecer quando assim conviesse ao fortalecimento do poder nacional. A teoria foi exposta de maneira dispersa em numerosos folhetos, meio de comunicação então preferido pelos preconizadores de uma doutrina.
Programa da política mercantilista. Alcançar a abundância de moeda era, efetivamente, um dos objetivos básicos dos mercantilistas, já que, segundo estes, a força do estado dependia de suas reservas monetárias. Se uma nação não dispunha de minas, tinha de buscar o ouro necessário em suas colônias ou, caso não as tivesse, adquiri-lo por meio do comércio, o que exigia um saldo favorável da balança comercial -- ou seja, que o valor das exportações fosse superior ao das importações.
Para obter uma produção suficiente, deviam ser utilizados hábil e eficazmente todos os recursos produtivos do país, em especial o fator trabalho. Toda nação forte precisava possuir uma grande população que fornecesse trabalhadores e soldados, e ao mesmo tempo o mercado correspondente. As possessões coloniais deveriam fornecer metais preciosos e matérias-primas para alimentar a manufatura nacional, ao mesmo tempo em que constituíssem mercados consumidores dos produtos manufaturados da metrópole. Proibiam-se as atividades manufatureiras nas colônias, e o comércio, em regime de monopólio, era reservado à metrópole.
Em território nacional, o mercantilismo preconizou o desaparecimento das alfândegas interiores, a supressão ou redução dos entraves à produção forçados pelas corporações de ofício, o emprego de sistemas de contabilidade e acompanhamento das contas de receitas e despesas do estado, a troca de funcionários corruptos ou negligentes por outros honestos e competentes, a criação de uma fiscalização centralizada e a adoção de leis que desestimulassem a importação de bens improdutivos e de grande valor.
Avaliação do mercantilismo. A crítica mais abrangente do mercantilismo foi movida por Adam Smith, que denunciou a falsa identificação, feita por muitos teóricos dessa corrente econômica, entre dinheiro e riqueza. Com efeito, o forte protecionismo alfandegário e comercial, e a subordinação da economia das colônias à da metrópole, não tinham como fim último o desenvolvimento da manufatura nacional mas, como foi assinalado, a maior acumulação possível de metais nobres.
A economia clássica posterior, cujo principal representante foi Smith, preconizou, ao contrário, a livre atividade comercial e manufatureira em qualquer território -- colônia ou metrópole --, já que, segundo seus princípios, a riqueza não se identificava com o simples acúmulo de reservas monetárias, mas com a própria produção de bens.
Independentemente das diversas análises econômicas a que foi submetido, o mercantilismo foi o instrumento que assegurou as condições econômicas e financeiras necessárias a garantir a expansão dos estados absolutistas europeus. Entre os representantes do mercantilismo distinguiu-se o francês Jean-Baptiste Colbert, ministro da Fazenda de Luís XIV, de tal importância que seu nome serviu para se cunhar o termo por que é conhecida a variante francesa do mercantilismo, o colbertismo.

MERCANTILISMO (2)

As doutrinas mercantilistas floresceram, na Europa, de meados do séc.XV a meados do séc.XVIII, ou seja, no período de transição do feudalismo para o capitalismo. Caracteriza-se por um feudalismo em processo de desagregação continuada e um capitalismo ainda em formação (acumulação primitiva) Ocorre uma tríplice ruptura: econômica - produzida pela expansão marítima, comercial e colonial e todos os seus efeitos sobre a economia européia (comércio, preços, moeda); política - causada pelo surgimento dos Estados nacionais centralizados, dando nova dimensão às guerras e as relações econômicas; espiritual/ideológica - Renascimento e Reforma Protestante.
Estado monárquico absolutista é ambíguo: feudal e capitalista ao mesmo tempo. Parte do fruto do trabalho do campesinato e da burguesia é transferido, via Estado, para grupos feudais tradicionais (compensando a tendência declinante da renda feudal) e burocracia estatal. Na medida em que crescem as funções do Estado também crescem as suas necessidade financeiras, aumentando a sua dependência em relação a diversos setores da burguesia emergente através de: 1) relações financeiras entre o rei e banqueiros e comerciantes; 2) práticas econômicas e fiscais identificadas com a necessidade de arrecadação do Estado e ao objetivo de lucro da burguesia mercantil; 3) utilização de elementos burgueses na burocracia estatal, favorecendo a ascenção social da burguesia. A burguesia manufatureira tende a se opor às praticas mercantilistas do Estado absolutista defendendo o Estado liberal.
A economia ainda não era um campo autônomo do pensamento, embora existissem idéias econômicas subordinadas, em geral, às práticas mercantilistas (A Smith usa o termo mercantilismo pela 1ª vez para definir a riqueza das nações). A 1ª fase (bulionista), considerava a acumulação de metais preciosos como o principal e mais garantido meio de aumentar a riqueza (Espanha, Portugal). Originava-se da escassez de moeda para atender o crescente comércio europeu. Fase marcada por antagonismo entre os países (proibição de exportação de metais) Þ gera inflação na Europa (contrabando de metais). A 2ª fase visava acumular metais através da obtenção de saldo favorável na balança comercial. Política de criação de monopólios comerciais para aumentar exportações e protecionismo.
Dobb refere-se ao mercantilismo como uma fase em que a burguesia adquiria propriedades quando estivessem excepcionalmente baratas (mediante poupança)e revendia quando o seu valor de mercado estivesse relativamente alto, adquirindo outras coisas com valor relativamente inferior (fatores de produção). Através desse “duplo ato de troca” iniciou-se a acumulação primitiva de capital. As propriedades se tornaram excepcionalmente baratas em razão das dificuldades econômicas dos senhores feudais (desintegração do feudalismo). Outros fatores que favoreceram à concentração da riqueza: a) excessiva entrada de ouro no séc XVI provocou elevação dos preços dos bens manufaturados e aumento da disparidade entre lucros e salários; b) crescimento do nº de bancos (empréstimos a juros) c) expansão da dívida pública. Por que a transição do feudalismo ao capitalismo foi tão longa? Porque durante a fase de aquisição de propriedades (séc.XIV a séc.XVI) ainda não haviam as condições necessárias para tornar atraente o investimento na manufatura.

RESUMO

Características do Absolutismo (vigorou na Europa entre os séculos XV e XVIII)
• reis com poderes totais - comandava a justiça, economia e sociedade
• absoluto = sem limites
• reis determinavam a religião do povo e perseguiam os de religião contrária
• Luis XIV (maior representante do absolutismo) : “O Estado sou eu” (rei da França entre 1643 e 1715).

Outras características do Absolutismo
• transmissão hereditária de poder
•Uso da violência e injustiças para governar
• altos gastos para manter o luxo e as festas da corte

Pensadores que defenderam o Absolutismo
Thomas Hobbes: “o homem é o lobo do homem”. Escreveu Leviatã, onde afirmar que o rei era importante para controlar o instinto animal do homem. Caso não houvesse um rei forte a sociedade corria risco de extinção.
Jacques Bossuet: o rei e representante de Deus na Terra e, por isso, deveria ser respeitado em todas as decisões.

O Mercantilismo ( sistema econômico da época do Absolutismo)
• interferência dos reis na economia
• valorização do comércio
• o Metalismo ( quanto mais ouro tivesse um país, mais rico ele seria e o rei mais poderoso)• a Balança Comercial favorável (exportar mais do que importar)
• Protecionismo alfandegário (criação de impostos e taxas para barrar a entrada de produtos estrangeiros)
• Exploração das colônias ( exemplo: Brasil foi explorado por Portugal neste contexto)

do site> www.suapesquisa.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Salut Raphaël,
je crois que c'est toi qui viens habiter en suisse( porrentruy) au mois de décembre?!!?
Moi je m'appelle Marine et je garde ton petit frère et ta petite soeur(William et Mardane).
Je te donne mon mail comme ça tu pourras me répondre!
marine.ba.be@hotmail.com
Bye(les enfants se réjouissent de te voir!)